Estados Unidos avaliam sanções contra autoridades brasileiras
Autoridades são acusadas de violações de direitos

Foto: Lula Marques/ Agência Brasil
O governo dos Estados Unidos estendeu a apuração que pode levar à aplicação de sanções contra autoridades brasileiras, incluindo o procurador-geral da República, Paulo Gonet, o delegado da Polícia Federal Fábio Shor e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A investigação é conduzida sob os parâmetros da Lei Magnitsky, norma que permite a imposição de sanções a indivíduos estrangeiros acusados de envolvimento em violações de direitos humanos ou corrupção.
Relatórios entregues ao Departamento de Estado norte-americano apontam que os três estariam envolvidos em ações consideradas de repressão política, no contexto do inquérito que apura uma tentativa de golpe de Estado no Brasil. O senador Marco Rubio, um dos articuladores do processo, afirmou que a análise das provas já está em estágio avançado.
Caso as sanções sejam aprovadas, os envolvidos poderão ter bens e contas congeladas em território americano, além de enfrentar restrições de entrada nos Estados Unidos, tanto para si quanto para familiares e colaboradores. Empresas eventualmente associadas também podem ser atingidas por medidas restritivas.
A expectativa é que uma decisão seja tomada até o segundo semestre deste ano, antes mesmo da conclusão do julgamento sobre a tentativa de golpe no STF. Até o momento, nem Gonet, Shor ou o Supremo se manifestaram sobre o caso. A embaixada dos Estados Unidos também informou que não comentará o andamento do processo.