Estética genital ganha espaço entre os homens. Conheça a escrotoplastia!

Aos detalhes...

Por Michel Telles
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Estética genital ganha espaço entre os homens. Conheça a escrotoplastia!

Foto: Divulgação

A preocupação com a aparência chegou às partes íntimas. Os homens têm procurado cada vez mais procedimentos de estética genital. Entre eles um tratamento para reduzir o tamanho da bolsa escrotal, chamada de escrotoplastia. Esse tratamento não é contraindicado pelas sociedades médicas, ao contrário de outros como alongamento com extensores ou engrossamento peniano para genitais te tamanho aparente normal.

De acordo com o urologista com atuação em reconstrução genital e que atua em grupos de pesquisa de procedimentos para melhorar a estética genital de pacientes amputados e com micropênis, Dr. Ubirajara Barroso Jr., a procura pelos tratamentos tem aumentado nos últimos anos. “Antes os homens procuravam exclusivamente formas de aumentar o pênis, agora descobriram que alguns procedimentos podem ser realizados também no escroto”, diz o médico.

O Dr. Barroso explica que o escroto ou bolsa testicular pode ser acometido por c0ondições que podem aumentar o seu tamanho em razão de algumas doenças como hidrocele, varicocele, linfedema, gordura excessiva e outras. Além disso, com a idade, o escroto pode ficar baixo pela flacidez, disforme, e ter o seu tamanho aumentado causando dor e/ou desconforto, além de assaduras pelo contato com as coxas. Muitos homens se incomodam com isso, mas não sabem que há correção com um procedimento de rápida recuperação, a escrotoplastia. Nesses casos, alguns procedimentos cirúrgicos são recomendados visando corrigir os defeitos relacionados à genitália e devolvendo a autoestima do paciente.

Procedimentos estéticos com toxina botulínica para deixar o escroto com aspecto menos rugoso têm sido comentados de forma recorrente. Esses tratamentos, por sua vez, precisam de manutenção e atuam apenas na rugosidade e não no excesso de pele ou escroto aumentado ou baixo, já a escrotoplastia traz mais benefícios de forma prolongada. “Durante o procedimento é feito um corte por trás do escroto levantando o excesso de pele garantindo a redução da rugosidade e a suspensão da região.”, relata o Dr. Ubirajara, explicando que os procedimentos não afetam a fertilidade e não trazem malefício à vida sexual do homem. Além disso, a cicatriz fica imperceptível.

Estudo brasileiro

No XIII Congresso Internacional de Uro-oncologia, que aconteceu em São Paulo no início de abril, o médico apresentou um estudo de uma nova cirurgia de reconstrução peniana (TCM –mobilização total dos corpos cavernosos) que pode aumentar o tamanho do órgão para quem teve amputação ou tem micropênis. “Neste procedimento mobilizamos superiormente os corpos cavernosos, que são os dois cilindros eréteis do pênis, ganhando 2 a 3 vezes mais em relação ao tamanho original”, explica. O trabalho será apresentado também no Congresso da Sociedade Europeia de Pediatria Urológica em Kent, na Bélgica, em junho.

"Quando se fala de estética genital masculina é preciso ter muito cuidado com procedimentos sem respaldo científico e que podem gerar deformidades e perda de funcionalidades. Por isso, vale se informar antes se o tratamento que está interessado tem alguma contraindicação, se há algum parecer contrário das sociedades de urologia e de cirurgia plástica e pesquisar pelo assunto”, alerta o médico que é chefe de cirurgia reconstrutiva de uretra de crianças e adultos do Hospital da Universidade Federal da Bahia e diretor da Escola Superior de Urologia da Sociedade Brasileira de Urologia.

Dr. Ubirajara Barroso Jr., urologista 

Professor livre docente da pós-graduação strictu sensu mestrado e doutorado e coordenador da Disciplina de Urologia da UFBA, professor Adjunto de Urologia da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, chefe da Unidade do Sistema Urinário do Hospital Universitário Professor Edgard Santos (UFBA) e chefe de cirurgia reconstrutiva de uretra de crianças e adultos do Hospital da Universidade Federal da Bahia. Doutor e mestre, fez fellow em urologia pediátrica no Children's Hospital of Michigan na Wayne State University. 

Barroso Jr. tem mais de 150 artigos publicados, mais de 20 capítulos de livros, dois livros editados e um livro coeditado, abordando técnicas cirúrgicas inovadoras abordando a reconstrução genital e a incontinência urinária diurna e noturna em crianças. 

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