Coronavírus
Descoberta da lectina é vista como passo importante para criar remédio contra doença
FOTO: Reprodução/Pixabay
A busca por medicamentos acessíveis e eficazes para o combate da Covid-19 é intensa entre cientistas do mundo todo. No entanto, um passo importante pode ter sido dado no Canadá. Os pesquisadores da Universidade British Columbia descobriram que a proteína lectina pode se ligar à proteína Spike presente no coronavírus e impedi-lo de acessar as células humanas saudáveis.
O estudo, que teve apoio da Universidade de Linz e da Universidade de Recursos Naturais e Ciências da Vida (Boku), ambas na Áustria, foi publicado na plataforma da Universidade de Yale bioRxiv, e ainda precisa passar pela revisão de outros cientistas. Segundo o pesquisador Josef Penninger, da British Columbia e diretor do Instituto de Ciências da Vida em Vancouver, a partir dessa descoberta pode ser possível a fabricação de um medicamento para a Covid-19.
"Nossa ideia é aproveitar essa propriedade para desenvolver um medicamento para combater a Covid-19. As lectinas ocupariam locais nevrálgicos diretamente na proteína S e, assim, interromperiam a ligação do patógeno às células. Já que a porta estaria bloqueada, porque a chave está entupida de lectinas", disse o cientista.
Um dos autores do manuscrito, Stefan Mereiter, da universidade de Viena, explica: "Agora temos ferramentas à disposição que podem ligar a camada protetora do vírus e, assim, bloquear a entrada do vírus nas células. Além disso, esses locais de glicano são altamente conservados entre todas as variantes circulantes do vírus, então este pode ser calcanhar de Aquiles do SARS-CoV-2”, comemorou o cientista.
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