Estudo com dados de celulares aponta que pobres ficaram menos tempo em isolamento

Um estudo dos Estados Unidos com uso de dados anônimos de 45 milhões de celulares mostrou que que a população mais pobre ficou menos tempo em isolamento social na pandemia. 

Segundo a pesquisa, entre as principais razões para o descumprimento do isolamento estão: poucos recursos financeiros, o que fez com que as pessoas saíssem de casa para trabalhar; e a falta de possibilidade de trabalhar de forma remota, ou seja, dentro de casa.

Baseado nos dados, os pesquisadores identificaram que as pessoas que moram em áreas com uma porcentagem maior de residentes ricos e com nível de renda familiar médio mais elevado tendem a ficar mais tempo em casa seguindo as medidas de restrição do que quem vive em comunidades pobres.

Um outro dado também mostrou que aqueles que moravam em bairros com uma alta porcentagem de pós-graduados tendiam a ficar mais tempo em casa.

Para os autores do estudo, é preciso uma atenção maior para a proteção da população mais vulnerável. "Devemos enfrentar a desigualdade social sistêmica e exigir uma avaliação de alta prioridade do impacto a longo prazo da covid-19 sobre os grupos geográfica e socialmente desfavorecidos", cita um dos autores, Xiao Huang.