Estudo faz uso de bactérias em tratamento de câncer e resultados são positivos

Um estudo realizado na Universidade Nacional da Austrália, divulgado recentemente, faz o uso de uma injeção de bactérias mortas em células tumorais para o tratamento do câncer. De acordo com a pesquisa, os resultados foram positivos, pois o corpo elimina as células atingidas pelas bactérias e, juntamente, o tumor.

Os testes aconteceram em ratos, cães, cavalos, assim como em humanos e em todos os casos os resultados foram bons. Houveram casos em que os tumores regrediram completamente, como em 3% dos mastocitomas em ratos; 21% dos mastocitomas em cães e 18% dos melanomas em cavalos. E em outras situações, como em um paciente com câncer renal em estágio avançado, o tumor apresentou regressão, o que aumenta a qualidade de vida.

As respostas imunológicas, no geral, foram positivas. O tratamento já é antigo, o cientista e médico William Coley (1862-1936), fez o experimento aplicando repetidamente, de dois em dois meses, bactérias mortas em centenas de pacientes inoperáveis. 

Por meio de duas abordagens, na injeção de bactérias mortes dentro e ao redor dos tumores e por meio de aplicações intravenosas, o médico conseguiu regressões duráveis do câncer em 312 casos de sarcomas inoperáveis e 190 regressões tumorais completas.

O professor Aude Fahrer, que liderou o estudo da Universidade australiana, afirma que o tratamento tem baixo custo e poucos efeitos colaterais. 

"É um custo extremamente baixo. Estimamos em torno de US$ 20 dólares a dose, enquanto o custo de outras imunoterapias pode chegar a US$ 40.000 dólares. Isso torna o tratamento acessível para pacientes em países em desenvolvimento", disse.