Estudo mostra barreiras para implementação do 5G no Brasil
A pesquisa foi realizada pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial

Foto: Agência Brasil
Um estudo técnico realizado pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), que desenvolve projetos de inovação para o governo, mostra que o Brasil precisa resolver ao menos dois problemas para aproveitar as vantagens que a telefonia 5G oferecerá ao setor produtivo. De acordo com a pesquisa, o país está carente de mão de obra qualificada e precisa ajustar a tributação à realidade dos negócios em tecnologia.
Segundo pesquisa recente da agência, existe um déficit de 38 mil profissionais por ano na área de tecnologia em funções relacionadas à automação, robótica, tecnologia da informação, big data, programação, entre outras, pilares da economia digitalizada. Para tentar resolver esse déficit, o estímulo à qualificação profissional será um dos cinco projetos a serem defendidos por uma frente no Congresso a ser instalada em 2020.
O país contando com a internet 5G, fará com que velocidades de conexão à internet sem fio seja dez vezes superior às do 4G, abrindo caminho para o que se chama de internet das coisas, pivô do projeto do governo conhecido como “Indústria 4.0”. Além disso, mais máquinas poderão desempenhar outras diversas funções.
Pela legislação vigente, a União cobra de cada chip de celular R$ 14,29 por ano entre tributos e contribuições. Na telefonia celular os serviços geram receita considerável por chip. Na comunicação entre máquinas, essa receita média por chip é estimada em R$ 12 por ano pelas operadoras. Ou seja: mantida essa estrutura tributária, a internet das coisas se torna inviável e, sem ela, o país avançará lentamente na era da indústria conectada.