Um estudo realizado pelo CIES Football Observatory (Centro de Estudo Internacional do Esporte) divulgado nesta segunda-feira (22) colocou o Brasil entre os piores índices em relação à troca de treinadores no futebol. A Série B do Campeonato Brasileiro é o torneio em que um técnico fica menos tempo no cargo: são 122 dias em média. A Segunda Divisão da Turquia (124 dias) e a elite da Letônia (134) vêm logo atrás.

A Série A do Brasileirão não ficou tão distante: é a 17ª, com um treinador a cada 168 dias (cinco meses e meio). No extremo oposto está a liga do País de Gales, com um técnico em média a cada 943 dias. A primeira divisão da Suécia (890) e a Super League da Suíça (701) completam o pódio.

A análise levou em conta 1.646 times de 110 ligas de 79 países até o dia 1º de junho. A média na ocasião era de 480 dias, porém, o valor mediano é de 301 dias (a diferença se dá por conta dos treinadores que estão há muito tempo no cargo).

A Série A do Brasileirão é a 13ª liga com a maior média de idade entre os treinadores (52,01 anos). O português Jesualdo Ferreira, do Santos, puxa a fila com 74,07 anos, só atrás do turco Hamdi Yilmaz, do Keçiörengücü (Segunda Divisão Turca), com 74,47 anos. O mais jovem é Ole Martin Nesselquist, do Strommen, da Segunda Divisão Norueguesa, que fará 27 anos na quarta-feira (24).

Ao todo, 28,3% dos treinadores empregados em 1º de junho de 2020 nasceram em outro país. Na elite do futebol brasileiro, 21,1% são estrangeiros (a liga é a 72ª colocada no quesito), enquanto a Série B não registra nenhum treinador de fora (assim como outras 13 ligas). A Arábia Saudita (93,8%), Emirados Árabes (92,9%) e Catar (91,7%) são os líderes.