EUA disparam demissões em massa no mês de outubro; país vive apagão estatística sobre emprego
Quase 40 mil norte-americanos receberam o aviso prévio

Foto: Reprodução/Freepik
Empresas nos Estados Unidos disparam avisos de demissões em massa, em outubro. São os níveis mais altos já registrados, de acordo com um levantamento de pesquisadores do Federal Reserve de Cleveland. Quase 40 mil norte-americanos receberam o aviso prévio exigido pela Lei de Notificação de Ajuste e Treinamento de Trabalhadores no mês passado.
Em dados mensais, desde 2006, esse número só foi maior em 2008, 2009, 2020 e em maio de 2025. Isso evidencia um mercado de trabalho em deterioração, não apenas pela redução das contratações, mas também pelo aumento do desemprego. Autoridades do Federal Reserve têm debatido a extensão da desaceleração enquanto deliberam sobre se devem continuar com os cortes na taxa de juros.
Além disso, o Departamento de Estatísticas Trabalhistas dos EUA (Bureau of Labor Statistics - BLS) anunciou que não publicará o relatório de emprego referente ao mês de outubro. Ao invés disso, irão incorporar os números da folha de pagamento deste mês ao relatório de novembro, previsto para ser divulgado após a última reunião do Federal Reserve no ano.
O BLS não conseguiu coletar os dados domiciliares de outubro, que são responsáveis por alimentar as estatísticas essenciais, como a taxa de desemprego, devido ao recorde de duração da paralisação do governo. Conforme a agência, os dados não poderiam ser coletados retroativamente. Como resultado, essas estatísticas não serão publicadas.


