EUA e Israel exigiram que o Irã entregue o urânio enriquecido do país, afirma ministro da Defesa israelense
Em entrevista ao Canal 13 de Israel, o ministro Israel Katz afirmou que, após o conflito, o Irã não tem como produzir uma bomba nuclear

Foto: Reprodução/Pixabay/Canva
O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, afirmou, nesta quinta-feira (26), que os Estados Unidos e Israel exigiram que o Irã entregasse seu urânio enriquecido, que pode ser utilizado para a produção de energia nuclear e de armas nucleares.
Em entrevista ao Canal 13 de Israel, o ministro comentou os ataques dos EUA às instalações nucleares iranianas, realizados no último fim de semana.
"Estava claro desde o início que o ataque neutralizaria a infraestrutura ao redor — não eliminaria o material [nuclear] em si", pontuou. "Agora, há uma posição conjunta americano-israelense dizendo ao Irã: vocês devem entregar este material".
Segundo Katz, a intenção dos ataques ao Irã era "neutralizar capacidades".
"Hoje, eles não têm como produzir uma bomba nuclear, porque também destruímos a instalação de conversão que transforma o urânio em forma sólida", concluiu o ministro.
O conflito
A escalada teve início no dia 13 de junho, quando Israel realizou um ataque surpresa contra alvos iranianos, alegando que o país estaria próximo de desenvolver uma arma nuclear. Em resposta, o Irã negou a acusação e afirmou que seu programa nuclear tem fins pacíficos.
No último sábado (21), os Estados Unidos entraram diretamente no conflito, bombardeando três usinas nucleares iranianas — Fordow, Natanz e Esfahan.
Dois dias depois, o Irã respondeu bombardeando a base militar norte-americana de Al-Udeid, localizada no Catar. Segundo o Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã, a quantidade de mísseis disparados corresponde ao número de bombas usadas pelos EUA no ataque às instalações nucleares.
Na segunda-feira (23), o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou um cessar-fogo “completo e total” entre Israel e Irã. Porém, na terça-feira (24), o gestor afirmou que ambos os países se acusaram de terem violado a trégua.
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