EUA: militares de elite que sumiram em ação são declarados mortos

Dois militares dos Estados Unidos, que desapareceram durante uma operação para impedir o envio de armas do Irã para os Houthis, foram declarados mortos pelo governo norte-americano.

Os agentes faziam parte do braço de elite da Marinha norte-americana, os chamados SEALs, e caíram no mar após tentarem entrar em uma embarcação que, segundo os EUA, transportava armas do Irã aos Houthis perto da costa da Somália na semana passada.

Eles foram declarados mortos após dez dias de buscas.

"Lamentamos anunciar que, após uma busca exaustiva de dez dias, nossos dois SEALs da Marinha dos EUA desaparecidos não foram localizados e seu status foi alterado para falecidos", declarou o Comando Central das Forças Armadas dos EUA em comunicado na noite de domingo (21).

"A operação de busca e resgate dos dois Navy SEALs dados como desaparecidos durante a abordagem de um dhow (embarcação típica da região) que transportava armas convencionais avançadas iranianas foi concluída em 11 de janeiro, e agora estamos conduzindo operações de recuperação".

Estas são as duas primeiras ações dos Estados Unidos para conter os ataques que os Houthis, grupo rebelde do Iêmen aliado do Hamas e do Irã, têm feito no Mar Vermelho, por onde passa cerca de 12% de todas as embarcações do comércio mundial, a navios comerciais do Ocidente.

Os ataques dos Houthis são um dos principais capítulos da escalada de conflitos que tomou conta do Oriente Médio após o início da guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza.

Os houthis têm atacado com mísseis e sequestrado os cargueiros, em retaliação aos bombardeios de Israel em Gaza. Os EUA já bombardearam nove vezes bases do grupo rebelde no Iêmen desde o início da crise.

Os SEALs, a tropa de elite da qual os militares faziam parte, são responsáveis por realizar operações complexas em pequenas equipes. A captura e morte de Osama Bin Laden, por exemplo, foram executadas por uma equipe de SEALs.