EUA pedem que OMS conduza 2ª fase de estudo sobre origem do coronavírus
País sugere especialistas independentes com acesso a dados na China

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Os Estados Unidos (EUA) pediram na última quinta-feira (27), que a Organização Mundial da Saúde (OMS) conduza uma segunda fase de investigação sobre as origens do novo coronavírus. O país americano sugeriu que essa nova etapa de investigação fosse realizada com especialistas independentes, tendo acesso completo a dados originais. Além disso, o presidente Joe Biden determinou que os assessores dele encontrem respostas para a origem do vírus que causa a Covid-19. Ele afirmou que agências de inteligência dos EUA estão analisando teorias rivais potencialmente incluindo a possibilidade de acidente em um laboratório na China.
Uma equipe liderada pela OMS, que passou quatro semanas na cidade e nos arredores de Wuhan em janeiro e fevereiro com pesquisadores chineses, disse, em um relatório divulgado em março, que o vírus havia provavelmente sido transmitido a partir de morcegos para humanos por meio de outro animal, e que a "introdução por meio de um incidente em laboratório era considerada hipótese extremamente improvável".
O estudo inicial da OMS foi "insuficiente e inconclusivo", disse a missão dos EUA na ONU em Genebra, em nota na última quinta (27), pedindo a condução do que chamou de segunda investigação oportuna, transparente e baseada em evidências, inclusive na China. "É fundamental que a China ofereça aos especialistas independentes acesso total aos dados originais e completos e às amostras relevantes para entendimento da fonte do vírus e dos estágios iniciais da pandemia", acrescenta a declaração dos EUA.
A China, por meio de um representante de sua embaixada nos Estados Unidos, disse que apoia "um estudo abrangente de todos os casos iniciais da covid-19 descobertos pelo mundo, e uma investigação minuciosa em bases secretas e laboratórios biológicos".