EUA revogarão "agressivamente" vistos de estudantes chineses, afirma secretário
Medida foi anunciada na quarta-feira (28) pelo secretário de Estado, Marco Rubio

Foto: Reprodução/X
O governo do presidente Donald Trump vai revogar os vistos de estudantes chineses, segundo declaração do secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, na quarta-feira (28).
"O Departamento de Estado trabalhará com o Departamento de Segurança Interna para revogar agressivamente os vistos de estudantes chineses", disse Rubio.
Ainda de acordo com Rubio, parte dos impactados inclui alunos que possuem ligação com o Partido Comunista Chinês e aqueles que estudam em 'áreas críticas'. Não há especificações sobre quais cursos estão inclusos na classificação.
Nos últimos anos, a China foi o segundo país que mais enviou estudantes para os EUA, atrás apenas da Índia. Mais de 275 mil alunos chineses estudaram no país norte-americano no ano letivo de 2023-2024, segundo um relatório do Instituto de Educação Internacional (IIE) e do Departamento de Estado.
Nesta quinta-feira (29), a China criticou a decisão dos EUA e disse se opor firmemente à medida. “Os EUA usaram ideologia e segurança nacional como 'pretexto' para a decisão, que fere os direitos e interesses legítimos dos estudantes”, declarou Mao Ning, porta-voz do ministério, durante coletiva de imprensa.
O país asiático afirmou que apresentou um protesto formal contra a medida e instruiu os EUA a adotarem uma postura mais construtiva em prol de relações bilaterais estáveis.
Além da medida que afeta os estudantes, os departamentos americanos também vão passar a revisar os critérios de concessão de vistos para aumentar o rigor na análise de todas as futuras solicitações de viajantes da China e de Hong Kong.
As decisões fazem parte de uma série de medidas do governo Trump contra estrangeiros, incluindo estudantes. Na terça-feira (27), a Reuters divulgou que Trump ordenou que todos os consulados dos EUA no mundo interrompam a concessão de vistos de estudantes.
As movimentações acontecem dias depois de o governo proibir a Universidade Harvard de ter alunos estrangeiros. No entanto, o Tribunal Federal de Boston suspendeu a decisão após uma queixa apresentada pela direção da universidade.
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