O Parlanordeste, que aconteceu na manhã desta sexta-feira (7), na Assembleia legislativa da Bahia (AL-BA), reuniu presidentes de assembleias do Nordeste para discutir os impactos de temas relevantes para diversas regiões nordestinas, como a crise da Avianca, a reforma da Previdência e a criação de uma possível PEC para o parlamentarismo estadual.

Estiveram presentes representando Alagoas, o deputado Marcelo Victor (presidente) e seu 1º secretário, deputado Paulo Dantas. O secretário geral do Parlanordeste, representando o Ceará, deputado e presidente, José Sarto. Representando o Maranhão, vieram o presidente da assembléia e presidente do Parlanordeste, Othelino Neto, deputado Rafael Leitoa, deputado Ricardo Rios e o deputado Adelmo Soares.

Para representar a Paraíba, compareceu o deputado e presidente Adriano Galdino, que também é vice do Parlanordeste.  O Piauí foi representado pelo presidente Themistocles Filho, o deputado B. Sá filho e o deputado Gessivaldo Issaias. O presidente e deputado Luciano Bispo representou o estado de Sergipe.

Depois da recepção que ocorreu no salão Nobre, discutiu-se à mesa do plenário muito sobre a crise causada com a falência da Avianca, que desencadeou os preços das passagens aéreas em todo o país, principalmente em viagens pelo próprio estado. 

A polêmica reforma da previdência também foi um tema muito debatido. Mas um assunto novo surgiu e foi discutido por muitos parlamentares, que seria a criação de uma PEC para o parlamentarismo estadual. 

O presidente da assembléia legislativa da Bahia, Nelson Leal (PP), em fala com a imprensa, esplanou sobre o que aconteceu e era esperado da  reunião. "Aqui discutimos o protagonismo da assembléia, as peculiaridades do dia a dia do nosso nordeste e iremos entregar um documento parecido com o que os governadores do nordeste enviaram para a presidência com seus argumentos, nosso documento busca dialogar para que todos possam ser contemplados e não hajam discrepâncias", explicou. "Falar sobre o pacto federativo e sobre o Banco do Nordeste é de extrema importância para essa reunião e as discussões foram muito construtivas".

O deputado José Sarto, do Ceará, falou sobre o governador do estado não ter assinado a carta com todos os 27 estados contra a parte da Reforma da Previdência, referente ao item que retira os estados e municípios da reforma. "Nosso governador tem trabalhado muito juntamente com os governadores do nordeste, inclusive com o governador Rui Costa (PT). Não é do meu conhecimento se a carta foi assinada ou não. Nós queremos só ampliar os nossos encontros, para que possamos estar com pautas sempre alinhadas, e imagino que o parlamento irá ajudar muito nisso, será muito útil", explicou o presidente da assembléia do Ceará, lembrando que as forças nacionais de segurança ficarão 90 dias no estado, com iniciativa do governo federal.

Foi aberto microfone para alguns deputados presentes, onde muitas congratulações foram dadas, mas, em discurso enérgico, a deputada Fabíola Mansur (PSB), criticou a reforma da previdência. "Estamos aqui para desenvolver e defender o nordeste, nos dê poder, assim poderemos fazer mais pelo nordeste. Com esse presidente [referindo-se ao presidente Bolsonaro] que está aí, só vejo tempos de tristeza e economia insustentável. Precisamos nos unir e vencer", discursou enquanto era aplaudida pelos presentes.

Ao final da reunião, o presidente do Parlanordeste, Othelino Neto, fez um levantamento dos contrapontos e assuntos tratados, convocando os presentes na mesa, e assinarem o documento final da reunião, onde todos os temas foram abordados, principalmente em relação a reforma da previdência.

Próximo encontro
Foi definido que o próximo Parlanordeste será em Sergipe, do presidente da Assembléia, deputado Luciano Bispo. A data fica fixada para dia 02 de agosto de 2020.  Deputada Fabíola Mansur solicitou que uma sessão extraordinária em Brasília, para que o nordeste pudesse ter maior destaque.