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Ex-assessor de Bolsonaro nega ter lido “minuta do golpe” e chama delação de Mauro Cid de mentira

Em depoimento ao STF, Filipe Martins contesta acusações de participação em plano para manter Bolsonaro no poder

Por Da Redação
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Atualizado
Ex-assessor de Bolsonaro nega ter lido “minuta do golpe” e chama delação de Mauro Cid de mentira

Foto: Divulgação/ Fundação Alexandre de Gusmão

Filipe Garcia Martins Pereira, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro, negou nesta quinta-feira (24) ao Supremo Tribunal Federal (STF) qualquer envolvimento ou acesso à chamada “minuta do golpe”. O documento previa medidas de exceção para reverter o resultado das eleições de 2022, como a decretação de Estado de Sítio e prisão de autoridades.

Réu em ação penal que apura a suposta trama para manter Bolsonaro no poder, Martins afirmou que “o coronel delator tem contado mentiras” ao se referir ao tenente-coronel Mauro Cid, que firmou acordo de delação premiada e relatou que Bolsonaro e Martins discutiram juntos o texto do decreto golpista.

Durante o depoimento, Martins negou ter participado de qualquer reunião com comandantes das Forças Armadas para tratar da minuta e disse que não estava presente em encontros em que o documento teria sido apresentado, contrariando pontos da acusação da Procuradoria-Geral da República (PGR).

“Eu não estava na reunião do dia 7 [de novembro de 2022] e nunca me reuni com comandantes militares. Não participei de nenhuma reunião sobre minuta. Minha defesa chama isso de ‘minuta fantasma’, porque nunca existiu esse documento”, declarou Martins.

O ex-assessor também refutou a acusação de ter lido os “considerandos” do suposto texto e voltou a afirmar que não participou de qualquer ato voltado à tentativa de golpe de Estado. Filipe Martins é acusado pela PGR de integrar o núcleo que atuaria para manter Bolsonaro no poder e responde por crimes como tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

A defesa de Martins sustenta que não há provas da existência do documento citado na delação e que seu cliente não teve qualquer participação nos supostos atos golpistas atribuídos ao grupo investigado.

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