Ex-presidente do Peru é acusado de 3 crimes envolvendo vacina contra Covid-19
Martín Vizcarra recebeu doses da Sinopharm e alega que era um dos voluntários dos testes
Foto: Reprodução/ Getty Images
O Ministério Público do Peru deu início a uma investigação preliminar contra o ex-presidente Martin Vizcarra em que o acusa de envolvimento em três crimes: extorsão, crime contra administração pública e por receber vantagem indevida em relação a vacina contra a Covid-19, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinopharm.
O MP afirmou que Vizcarra será interrogado, juntamente com sua esposa Maribel Díaz, e o chefe da equipe de investigação dos julgamentos do Sinopharm no país, Gérman Málaga. Também são alvos o ex-primeiro-ministro Walter Martos, a ex-ministra da Saúde Pilar Mazzetti e o ex-ministro das Relações Exteriores Mário López.
Em suas redes sociais, o ex-presidente do Peru se defendeu das acusações de ter recebido diretamente as doses do Sinopharm e reiterou de que era um dos voluntários nos ensaios clínicos que ocorreram no país, no entanto, a Universidade Peruana Cayetano Heredia (UPCH), local em que os ensaios foram realizados, negou.
No vídeo, Vizcarra pediu desculpas à população por não ter relatado a sua participação nos testes, mas revelou que assim como ele, a sua esposa e seu irmão mais velho também participaram.
"Assumo minha responsabilidade nesse sentido e, por respeito aos cidadãos de meu país, peço sinceramente desculpas aos peruanos por não ter relatado esse fato naquele momento", declarou Vizcarra, que prometeu colaborar com as investigações. "Não cometi crime algum, e não houve aqui dano contra ninguém, muito menos contra o Estado", finalizou.
