Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) atestam que o empresário Salim Mattar, ex-secretário especial de Desestatização do Governo Bolsonaro, é o maior doador da eleição até o momento. Sozinho, o dono da Localiza já disponibilizou R$ 2,8 milhões em doações.

A maior parte deste valor (R$2,1 milhões) foi para filiados do partido Novo. O empresário também destinou verbas a outros nomes ligados a direita e ao presidente Bolsonaro, como o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles (PL), que concorre ao cargo de deputado federal por São Paulo. Mattar não destinou nenhum valor para Jair Bolsonaro.

Em segundo lugar, o sócio da empresa Calçados Beira Rio, Heitor Vanderlei Liden, destinou R$ 2 milhões para o candidato a governador do Rio Grande do Sul Roberto Argenta (PSC). O empresário Alexandre Grandene também destinou R$ 1.1 milhão para Argenta. Já o empresário catarinense Minatto Brandão, da metalurgica Brametal, destinou R$ 1 milhão para o governador de Santa Catarina, Carlos Moises (Republicanos), que tenta reeleição.

Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central,  também fez dação no valor de R$ 1.3 milhão, divididos para 12 candidatos, no total. O que recebeu mais até o momento (R$ 200 mil) foi Marcelo Freixo, candidato do PSB ao governo do Rio de Janeiro. Os deputados federais Tabata Amaral (PSB-SP) e Felipe Rigoni (União-ES) receberam R$ 100 mil cada, bem como o ex-ministro da Educação Mendonça Filho (União-PE). Os três concorrem a uma vaga na Câmara.

O Supremo Tribunal Federal não permite, desde 2015, que empresas realizem doações para candidatos, mas pessoas físicas podem fazer contribuições, desde que o valor destinado seja até 10% de seu rendimento no ano anterior à eleição.