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Exército inicia apuração de ida de Pazuello a ato político de Bolsonaro no Rio de Janeiro

Mourão diz que ex-ministro da Saúde entende que ida ao evento foi um erro

Por Da Redação
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Exército inicia apuração de ida de Pazuello a ato político de Bolsonaro no Rio de Janeiro

Foto: Reprodução/CNN Brasil

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) discursou neste domingo (23) para milhares de apoiadores no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro (RJ). No ato, uma das presenças que mais chamaram a atenção foi a do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Com a máscara no queixo, Pazuello passou no meio da multidão de apoiadores e subiu ao carro de som onde estava o presidente.

A presença de um general de divisão da ativa, em manifestação político-partidária sem que ele exerça cargo no governo que justifique sua ida ao local, causou constrangimento na cúpula do Exército e reações de políticos. O comando da Força deve tratar do caso nesta segunda-feira (24). Acontece que a legislação (o Estatuto dos Militares e o Regulamento Disciplinar) proíbe que militares da ativa participem desse tipo de ato ou se manifestem politicamente.

No entanto, na quarta-feira passada (19), o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, disse à Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados que militares da reserva podem ir a manifestações, ao contrário de quem está na ativa.

A presença do ex-ministro gerou comentários no âmbito político. O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, criticou o realização do ato. "Previsível espetáculo de covarde omissão que ignora hospitais lotados e a nova cepa indiana. Pobre do Brasil, pobre do meu Rio."

O presidente do Cidadania, Roberto Freire, pediu a punição de Pazuello. "O Alto Comando do Exército não pode deixar passar tal gesto de quebra de hierarquia e indisciplina.", declarou. Já o vice-presidente, Hamilton Mourão (PRTB), declarou na manhã desta segunda que o ex-ministro da Saúde, entendeu que “cometeu um erro” ao participar do evento. 

"Eu já sei que o Pazuello já entrou em contato com o comandante informando ali, colocando a cabeça dele no cutelo, entendendo que ele cometeu um erro", afirmou Mourão a jornalistas. Mourão, que é general da reserva, disse ainda que há o risco de uma punição a Pazuello dentro do Exército. "É provável que seja (punido). É uma questão interna do Exército. Ele (Pazuello) também pode pedir transferência para reserva e aí atenuar o problema", disse Mourão.

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