Extrema pobreza se manteve estável, enquanto a pobreza teve ligeira queda no Brasil em 2019
Segundo o IBGE, 56,8% das pessoas abaixo da linha da extrema pobreza vivem no Nordeste

Foto: Reprodução/JN
O IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia Estatística, divulgou hoje (12) um levantamento que aponta que o Brasil não conseguiu amenizar a extrema pobreza no ano passado. O trabalho informal pode ser um fator que contribuiu para reduzir o grupo de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza, segundo a Síntese de Indicadores Sociais.
Em 2019, 6,5% de toda a população brasileira se encontrava em situação de extrema pobreza, a mesma quantidade observada em 2018.
Considerando o aumento populacional no país, o número de pessoas extremamente pobres somava 13,6 milhões, cerca de 100 mil a mais que no ano anterior, o que é considerado estatisticamente como uma estabilidade.
Comparado com 2014, quando o país tinha baixos índices desemprego, esse contingente aumentou em quase 4,7 milhões de pessoas. Já a proporção de pobres caiu de 25,3% para 24,7% no mesmo período. Em 2019, eram cerca de 51,7 milhões de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza, cerca de 800 mil a menos que no ano anterior.
De acordo com IBGE, para ser considerado em situação de extrema pobreza, a pessoa precisa dispor de menos de US$ 1,90 por dia, o que correspondia a aproximadamente R$ 151 por mês em 2019. Já os considerados pobres são aqueles que vivem com menos de US$ 5,50, equivalente a R$ 436 no ano de análise.
Ainda segundo o Instituto, 56,8% das pessoas abaixo da linha da extrema pobreza viviam no Nordeste, região que respondia por 27,2% da população total do país. Entre os estados, a situação mais precária foi observada no Maranhão, onde um em cada cinco moradores viviam em condição de miséria financeira em 2019.
Já a região Sudeste, a mais populosa do país, tinha o segundo maior contingente de extremamente pobres, mas respondia por apenas 15,2% desse grupo. Apenas 13,8% das pessoas consideradas extremamente pobres estavam empregadas no mercado de trabalho em 2019.
O IBGE também destacou que o Maranhão era o estado com a maior proporção de pobres em relação à população total, quase metade dos maranhenses vivia abaixo da linha da pobreza.
Já no nordeste, o número de pessoas que vivia abaixo da linha da pobreza chegava a 47,1%. O sudeste correspondia a 27% da quantidade de pobres.
Outros 12 estados apresentavam incidência de pobreza superior a 40% da população.