Fabricantes devem investir R$ 300 milhões por nova regra do Inmetro

A Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) informou, na última quarta-feira (04), que os fabricantes de geladeiras preveem R$ 300 milhões em investimentos nos próximos anos para adaptarem as linhas de produção para atender a nova regulamentação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). 

O Inmetro anunciou à atualização do Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) para refrigeradores vendidos no Brasil, a fim de promover a adoção de medidas de racionamento de energia. Os novos produtos terão de ser, numa primeira fase, até 30% mais econômicos que os atuais e até 61% na última fase, a partir de 2030.

O instituto calcula em R$ 32,2 bilhões a economia com energia até 2035. O processo de atualização ocorrerá em três fases, entre 1º de julho e 2022 e 31/12/2030, segundo o publicado no Diário Oficial da União. 

De acordo com o Inmetro, com as novas regras, uma geladeira A+++ de duas portas de degelo automático (frost-free) com 500 litros (ou volume interno útil de 350 litros), vai consumir cerca de 13 kWh a menos de energia por mês, o que representará para o consumidor uma economia de R$ 10,14 mensais, considerando tarifa média e impostos. Esse modelo corresponde à 80% do mercado atual.

Na primeira fase as geladeiras mais eficientes serão classificadas em A+++, o que representa eficiência de até 30% em relação a atual classe A. Na segunda fase, prevista para começar em 31 de dezembro de 2025, os novos níveis passam a ser definidos com base nas recomendações das Nações Unidas, eliminando as subclasses.