Fachin abre inquérito para apurar suposta compra de votos do ex-deputado Eduardo Cunha
Os votos seria para o ex-deputado se eleger presidente da Câmara

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Edson Fachin, determinou a abertura de um inquérito para apurar uma suposta compra de votos do ex-deputado Eduardo Cunha. A compra dos votos feitas aos deputados visavam a eleição do próprio Cunha a presidente da Câmara dos Deputados.
As informações sobre possíveis irregularidades na eleição foram reveladas na delação premiada do ex-executivo da J&F Ricardo Saud. A decisão de Fachin foi assinada na semana passada, mas o caso só foi encaminhado para o presidente do STF nesta segunda-feira (18). Cabe agora a Dias Toffoli decidir se o caso deve ir para um novo relator ou continuar com Fachin.
De acordo com a Procuradoria Geral da República (PGR), o grupo recebeu R$ 30 milhões no ano de 2014 para que Eduardo Cunha fosse eleito "para fazer contraponto à então presidente Dilma Rousseff". Conforme a delação, o dinheiro teria sido repassado por doações oficiais, entregas em dinheiro vivo, e emissão de notas fiscais frias, sem a prestação do serviço.
Eduardo Cunha está preso no Rio de Janeiro, no presídio de Bangu. Ele foi preso em outubro de 2016 por ordem do então juiz Sergio Moro, atual ministro da Justiça, e ficou mais de dois anos no Paraná.