“Farra do INSS”, aponta relatório da Polícia Federal sobre desvios em aposentadorias
Apuração espera pelo final da verificação do material apreendido no decorrer da operação para marcar depoimento de suspeitos

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
A Polícia Federal (PF) categorizou como “farra do INSS” a polêmica de descontos ilegais contra aposentados e pensionistas por entidades associativas que possuíam contrato com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
O termo é mencionado 18 vezes no relatório da PF sobre a apuração. Esse documento foi o que baseou a operação deflagrada na última semana contra fraudes bilionárias que envolvem a autarquia.
A PF afirma, por exemplo, ao mencionar um investigado, que “várias de suas empresas estão envolvidas e são utilizadas na ‘farra do INSS’’.
E indica, também, que o empresário Antonio Carlos Camilo Antunes, mais conhecido como “careca do INSS”, como ponto fundamental da “farra do INSS”, e “lobista milionário das entidades”.
Em outro parte, a força policial esclarece que “houve empresas em conluio na ‘farra do INSS’’.
Baseado nos 211 mandados de busca e apreensão da última semana, como joias, carros de luxo, documentos e dispositivos eletrônicos, a PF iniciou a análise um dia após a operação que apreendeu todos os itens.
Depois dessa análise, os depoimentos dos investigados serão recolhidos. O parecer dos investigadores da PF é que a verificação e a perícia não devem ser rápidas.