"Fazer justiça tributária", afirma Haddad sobre pacote para substituir aumento do IOF
Congresso ainda terá que votar e aprovar o pacote de medidas

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), disse que o governo irá mandar as medidas que foram apresentadas na última semana para substituir o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para serem votadas no Congresso. A declaração de Haddad aconteceu nesta terça-feira (10).
Haddad ainda teve uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Palácio da Alvorada, na manhã desta terça, para apresentar a última versão do pacote.
"As mesmas que foram conversadas com os parlamentares da Câmara e do Senado. Expusemos para ele [Lula] o que foi conversado, estamos remetendo para a Casa Civil, que está acompanhando a redação das medidas. Possivelmente, vão chegar à mesa dele hoje ainda", disse.
"Essas medidas atingem os moradores de cobertura – porque pega só gente com muita isenção fiscal. Todas as medidas envolvem bets e mercado financeiro, não mexem com o dia a dia da população. Eu considerei muito mais estruturais e justas do ponto de vista tributário, por isso concordei. É uma agenda que interessa à Fazenda", continuou.
É esperado que as medidas sejam mandadas para o Congresso como medida provisória, ou seja, as mudanças já começam valer, mas ainda necessitam de aprovação definitiva dentro do prazo de 120 dias para não perderem a validade.
A Haddad ainda disse que será revogado parte da elevação do IOF, ele mencionou o corte de 80% na taxação do chamado "risco sacado". E continuou, afirmando, que o pacote pretende corrigir distorções na tributação do mercado de crédito que "qualquer economista minimamente informado" identifica. Isto é, ele fez referência ao começo da taxação das LCI e LCA, instrumentos que até o momento são isentos do IR.
"Isso vai favorecer a queda do juro, a queda do dólar, o país. Estamos confiantes de que é isso. Além disso, garante o cumprimento da meta deste ano e do ano que vem. Vamos nos lembrar que a meta fiscal é mais ambiciosa que a dos últimos anos", frisou Haddad.