Inflação desacelera 0,26% em maio após queda no preço dos alimentos, aponta IBGE
Preços do tomate, do arroz, do ovo de galinha e das frutas contribuíram para o resultado

Foto: Reprodução/Agência Brasil
A inflação oficial brasileira registrou queda, depois de ter chegado a 1,31% em fevereiro, e no mês de maio, pela terceira vez consecutiva, entrou em desaceleração. A taxa de inflação, que em abril foi de 0,43%, caiu para 0,26% em maio. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e foram divulgados nesta terça-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com o indicador, a inflação acumulada no ano de 2025 é de 2,75% e, nos últimos 12 meses, está em 5,32%.
Conforme o relatório, a desaceleração dos índices em maio se deu por causa das quedas de preços em dois dos três principais grupos com maior peso na formação do IPCA. Enquanto Alimentação e bebidas e Transportes tiveram redução de preços (os alimentos caíram de 0,82% em abril para 0,17% em maio, e em Transportes houve redução de 0,37%), o setor de Habitação teve alta de 1,19%.
Por outro lado, o grupo Habitação avançou de 0,14% em abril para 1,19% em maio, com alta de 3,62% na energia elétrica residencial, principal impacto no índice do mês, com 0,14%. Já o grupo Alimentação e bebidas variou 0,17% em maio frente a 0,82% em abril, menor variação mensal desde agosto de 2024, quando havia recuado 0,44%.
Também contribuíram para o resultado de maio as quedas de preços do tomate (-13,52%), do arroz (-4,00%), do ovo de galinha (-3,98%) e das frutas (-1,67%). No lado das altas destacam-se a batata-inglesa (10,34%), a cebola (10,28%), o café moído (4,59%) e as carnes (0,97%).
Já no grupo Transportes, a queda de 0,37% contribuiu para a desaceleração do IPCA de maio, exercendo -0,08% de impacto, com destaque para os recuos na passagem aérea (-11,31%) e combustíveis (-0,72%). Todos os combustíveis pesquisados registraram recuos em maio: óleo diesel (-1,30%), etanol (-0,91%), gás veicular (-0,83%) e gasolina (-0,66%).
As demais variações no IPCA de maio foram: Saúde e cuidados pessoais (0,54%); Vestuário (0,41%); Despesas pessoais (0,35%); Comunicação (0,07%); Educação (0,05%); e Artigos de residência (-0,27%).
Na lista de capitais pesquisadas pelo IBGE, Salvador desponta com o sexto pior resultado. Depois de ter tido um resultado mais baixo em abril, com 0,16%, a inflação acelerou na capital baiana e chegou a 0,35% em maio, acima da média nacional, de 0,26%.
Já no ano de 2025, a capital baiana chegou a 2,71%, um resultado melhor do que a inflação para o país (2,75%). No acumulado dos últimos 12 meses, Salvador registrou um índice ainda melhor do que o obtido em todo o país: 4,89% na capital baiana contra 5,32% na média nacional.