Fieb: Efeitos da pandemia farão PIB baiano cair 7,2% neste ano

Em um cenário mais otimista, o PIB baiano pode perder apenas 4,1%, avalia a Fieb

Por Da Redação
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Fieb: Efeitos da pandemia farão PIB baiano cair 7,2% neste ano

Foto: Reprodução

A Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), em documento “Atualização das Estimativas dos Impactos do Covid-19 na Economia Baiana”, lançado nesta semana, aponta uma queda do PIB baiano de 7,2% este ano, em decorrência à pandemia do novo coronavírus. 

O superintendente da Fieb, Vladson Menezes, afirma que o recuo de 7,2% é uma previsão dentro do cenário-base, descrito no estudo como o impacto mais provável com base nas informações conhecidas. Nestas condições, a queda em valores seria de R$ 21,5 bilhões, no comparativo com 2019.

O documento aponta que em um desdobramento na economia mais otimista, em que não só a atividade econômica retoma completamente mas o nível de emprego volta a subir, o PIB baiano pode perder apenas 4,1% (R$12,3 bilhões). No caminho oposto, marcado principalmente por uma nova onda que obrigue novamente o fechamento da atividade produtiva, o tombo seria de 11,1% (33,1 bilhões).

Menezes explica que no acumulado do ano até maio, a queda somente em Serviços alcança 11,1%. Já o desempenho do comércio depende da renda das pessoas que estão circulando. No fator rendimento, tanto o fator emprego como o receio de ser demitido afetam a relação de consumo. Segmentos como imóveis, veículos e até eletro-eletrônicos e vestuário devem ter uma volta mais lenta em razão da confiança do consumidor menor.

A Fieb avalia que o setor agropecuário tende a ter um desempenho positivo, puxada pela safra maior entre 2019/2020 e pela movimentação de negócios já feitos visando o plantio para o período 2020/21, que aponta para uma alta do PIB no campo de aproximadamente 13%.

O estudo da Fieb diz também que comparando-se o quarto mês de 2020 com igual período de 2019, há uma queda 26,2% da indústria de transformação e extrativa. A produção de automóveis parou e a de plásticos e borracha (no caso baiano, principalmente pneus) teve queda de 70,8%. Calçados e de bebidas retrocederam -69,9% e -57%, respectivamente.

A Federação aponta preocupação com a indústria da construção civil. Com base nos dados disponíveis sobre o nível de emprego, em abril, no início da pandemia, houve perdas de 5,6 mil postos de trabalho. No acumulado do ano até maio, o saldo foi negativo em 8,5 mil empregos a menos, contra um resultado positivo de 7,6 mil no mesmo período de 2019. 
 

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