Após a divulgação do manifesto a favor da democracia, na última sexta-feira (5), a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) enfrenta uma rebelião interna. De acordo com informações da CNN, empresários afirmam que a entidade se transformou em “ferramenta política”.

Uma carta enviada por um dos vice-presidentes do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) ao presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, diz: “A Fiesp nunca foi e nunca deverá ser usada como uma ferramenta política, muito menos sensível a ideologias contrárias aos interesses de nossa sociedade”.

No documento, divulgado pela CNN, o empresário, que prefere não ter seu nome divulgado, afirma que foi procurado por outros associados. “Me procuraram para protestar pelos desvios de finalidade de nossa instituição mãe”, diz trecho da carta. “Hoje ela se verga e, oficialmente, se pactua a interesses mesquinhos de homens públicos, muito dos quais execrados pela grande opinião pública”, continua

A Fiesp e o Ciesp são entidades distintas, mas no passado já chegaram a ter o mesmo presidente. O manifesto da Fiesp, intitulado “Em Defesa da Democracia e da Justiça”, teve apoio da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP), da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Força Sindical, e de movimentos sociais.