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Fila do INSS chega a 2,9 milhões e órgão monta comitê para monitorar e gerenciar crise

Órgão teve aumento de 10% nos novos pedidos mensais de benefício desde maio deste ano

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Fila do INSS chega a 2,9 milhões e órgão monta comitê para monitorar e gerenciar crise

Foto: José Cruz/Agência Brasil

A fila de pedidos de aposentadoria, pensão e demais benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) chegou a 2,862 milhões em outubro e o órgão montou um comitê para acompanhar a crise, com o objetivo de monitorar e buscar soluções para a diminuir em especial as solicitações iniciais.

O INSS teve aumento de 10% nos novos pedidos mensais de benefício desde maio deste ano, segundo afirmou à reportagem o presidente do instituto, Gilberto Waller Júnior. Essa alta preocupa a chefia do órgão, em especial depois da interrupção do PGB (Programa de Gerenciamento de Benefícios), que paga bônus a servidores para diminuir a fila e fazer revisões.

O programa foi interrompido em 15 de outubro por falta de verba. INSS e Ministério da Previdência Social travam uma queda de braço por causa de valores. Cada um dos órgãos recebeu R$ 100 milhões neste ano para o PGB. O INSS já gastou toda a verba e pediu mais dinheiro que foi liberado, mas o governo alega que não há como liberar ainda mais valores para a retomada do PGB neste ano. O programa deve ser retomado em 2026.

Segundo o instituto, até agora, houve um aumento de 23% no volume de novos pedidos recebidos pela autarquia. O órgão ressalta que, apesar desse crescimento e de alta no número absoluto da fila, o tempo médio para a concessão de benefícios apresentou queda e chegou a 35 dias.

A portaria com a criação do comitê foi publicada na quarta-feira (19) no Diário Oficial da União. São cinco integrantes e dois servidores foram colocados como responsáveis pelo gerenciamento. O INSS diz que o grupo poderá atuar diretamente em 920 mil processos que estão sob a governabilidade do instituto. Além disso, terá de propor melhorias também ao estoque e demais pendências. O prazo final para os trabalhos é 30 de junho de 2026.

A fila do INSS é composta de novos pedidos, que entram todos os meses, e os demais, que ficam pendentes. As pendências ocorrem quando o cidadão não tem todos os documentos para a liberação de seu benefício. Nestes casos, são abertos pedidos de exigência para entrega da documentação.

Há ainda os casos de solicitação de benefícios que necessitam de perícia médica, como aposentadoria especial, auxílio-doença e BPC (Benefício de Prestação Continuada). No caso do BPC, no entanto, o órgão estava com parte da demanda parada, para recálculo da renda familiar em revisão que depende de análise de informações pela Dataprev (Empresa de Tecnologia da Previdência). Ao todo, há 660 mil BPCs parados.

Dentre as soluções que INSS e Previdência utilizam para fazer a fila de pedidos andar está o uso de IA (Inteligência Artificial) com robôs programados para conceder benefícios de forma automática quando não há nenhum tipo de pendência nos cadastros do segurado, o Atestmed, que concede o auxílio-doença a distância, sem perícia médica direta, só com análise do atestado, e o programa que paga bônus a servidores.

No PGB, os funcionários do instituto recebem valores por fazer tarefas extras. Essas tarefas, no entanto, só podem ser assumidas depois que o servidor bate a meta estabelecida pelo órgão e faz 30% a mais de serviço sendo remunerado pelo seu salário mensal. Só depois é que pode pegar tarefas extras, participar do PGB e receber valores a mais pelo trabalho. A remuneração mensal extra pode chegar a R$ 17 mil.

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