Financial Times inclui reeleição de Lula como aposta nas previsões para 2026

Jornal britânico cita cenário econômico favorável e dificuldades da direita após prisão de Bolsonaro

Por Da Redação
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Financial Times inclui reeleição de Lula como aposta nas previsões para 2026

Foto: Ricardo Stuckert / PR

O jornal britânico Financial Times incluiu a possível reeleição do presidente Lula (PT) entre suas previsões políticas para 2026. A análise foi publicada nesta quarta-feira (31) e destaca o desempenho recente da economia brasileira e a desarticulação da direita ligada ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como fatores que favorecem o atual chefe do Executivo.

Segundo a publicação, Lula entra no próximo pleito presidencial em posição vantajosa, mesmo com a idade avançada. O texto acrescenta que, “salvo um imprevisto de saúde, aliados e analistas avaliam que o presidente está bem posicionado, sustentado por indicadores econômicos sólidos e por sua capacidade de se apresentar como fiador da estabilidade em um cenário de incertezas globais”.

O Financial Times descreve Lula como um político “experiente e resiliente” e avalia que ele obteve ganhos políticos internos ao reagir ao tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, além de apresentar resultados econômicos positivos. De acordo com a publicação, a defesa da soberania nacional adotada pelo governo brasileiro pode ter ampliado seu alcance para além do eleitorado tradicional da esquerda.

Em contrapartida, o jornal aponta dificuldades na organização da oposição. O campo conservador é descrito como dividido quanto à estratégia de sucessão, especialmente após a prisão de Jair Bolsonaro. O texto cita a pré-candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) como uma das alternativas em discussão, enquanto outro segmento da direita defende que “um nome mais moderado teria maior capacidade de ampliar a coalizão necessária para desafiar o presidente”.

Na avaliação do Financial Times, a oposição “tem tido dificuldade para se organizar” e acabou enfraquecida por iniciativas consideradas “contraproducentes”, como pedidos aos Estados Unidos por sanções contra o Brasil em reação ao julgamento de Bolsonaro. Segundo o jornal, “o movimento permitiu a Lula reunir apoio político e institucional ao enquadrar o episódio como interferência estrangeira”.

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