Fiocruz aponta aumento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave em crianças
Doença foi registrada na faixa etária de 0 a 11 anos entre os meses de fevereiro e março

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A Fiocruz alertou através do novo Boletim InfoGripe divulgado nesta sexta-feira, 25, para o aumento de 77% de na média de novos casos da Síndrome Respiratória Aguda Grave em crianças de 0 a 4 anos e 216% entre a faixa etária de 5 a 11 anos. Entre a primeira semana de fevereiro e o dia 19 de março, passou de 970 para 1870 a média de casos entre a faixa etária até os 4 anos e de 160 para 506 casos semanais entre os 5 e 11 anos.
Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a maior parte dos casos de doença respiratória foi devido a Influenza A (1,3%), Influenza B (0,3%), vírus sincicial respiratório, responsável pelas bronquiolite aguda e pneumonia, (15,8%) e Sars-cov-2, covid-19 (73,8%), que também foi o responsável por 98,5% dos óbitos.
A curva nacional dos casos de SRAG segue caindo, acompanhando a queda dos casos de covid-19. A tendência é que haja o início de estabilização em patamar que já é inferior ao começo de novembro de 2021, quando foi registrado o menor número de casos semanais desde o início da pandemia de covid-19 no Brasil.
Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, explica que os registros do Sars-cov-2 são predominantes em todas as faixas-etárias, exceto entre 0 e 4 anos. O pesquisador chama atenção para o aumento considerável de SRAG em crianças de 0 a 11 anos em vários estados, apesar da curva decrescente no cenário nacional.
Quatro estados apresentam crescimento na tendência a longo prazo (últimas seis semanas): Distrito Federal, Roraima, Sergipe e Espírito Santos, enquanto seis apresentam crescimento a curto prazo (últimas três semanas): Acre, Alagoas, Goiás, Maranhão, Paraíba e Rio de Janeiro. A Bahia não apareceu na lista de estados em alta de casos.