França e Alemanha concordam que Brasil deveria aplicar sanções contra a Rússia
Embaixadores consideram o posicionamento do país bom, mas acham que a adesão ajudaria no fim do conflito

Foto: Arquivo Blasting News
Durante encontro em Brasília, na última terça-feira (29) os embaixadores da França e da Alemanha em Brasília, respectivamente, Brigitte Collet e Heiko Thoms, apontaram que o Brasil teria agido bem ao condenar os ataques militares à Ucrânia, no entanto, seria mais efetivo se unir aos demais países que aplicaram sanções econômicas contra a Rússia.
Sobre as posições do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU) frente a guerra na Ucrânia, os diplomatas reconheceram ter sido importante a postura adotada nos conselhos de Segurança e de Direitos Humanos, apoiando resoluções que condenam e abrem investigação contra a Rússia. No entanto, seria necessária uma resposta forte para incentivar o término do conflito.
"Ficamos felizes com a resposta do Brasil, no âmbito da ONU, e da forma como a sociedade brasileira reagiu ao ataque russo à Ucrânia. Com isso, o Brasil reconhece quem é o vilão da guerra. Mas é claro que quanto mais nações aderirem às sanções, e quanto mais severas forem as sanções, com mais rapidez poderemos terminar essa guerra e esse sofrimento. Temos que nos manter firmes", afirmou o embaixador alemão.
Já Brigitte Collet defendeu que as sanções econômicas impactaram em situações como o fechamento da Bolsa de Valores de Moscou e a apreensão de bens, como imóveis e iates, de oligarcas russos. Sendo assim, a embaixadora considera esta a melhor solução para forçar o presidente da Rússia, Vladimir Putin, a tomar uma decisão.
"O importante é agirmos de maneira muito firme. As sanções compartilhadas por países são fortes e eficazes", defendeu a embaixadora.
Em debate no Senado na última semana, o chanceler brasileiro Carlos França afirmou se preocupar com as sanções econômicas impostas à Rússia. Segundo ele, as medidas podem trazer consequências negativas, principalmente para as nações em desenvolvimento.
Além disso, ele aponta que as sanções podem inviabilizar os pagamentos em operação de exportação e importação no comércio russo, por exemplo.