Fraude no INSS: escândalo supera crise do PIX em grupos de mensagem, diz pesquisa

Segundo levantamento da Quaest, o escândalo movimento 3,6 milhões de mensagens em grupos de aplicativos

Por Da Redação
Ás

Atualizado
Fraude no INSS: escândalo supera crise do PIX em grupos de mensagem, diz pesquisa

Foto: Agência Brasil/Rafa Neddermeyer

A descoberta do esquema de fraudes que desviou R$ 6,3 bilhões de beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) repercutiu mais em grupos de mensagens do que outros temas de grande impacto político, como a crise do Pix e o projeto de anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. Os dados foram obtidos através de uma pesquisa da Quaest. Segundo o levantamento, entre os dias 21 de abril e 7 de maio foram registradas cerca de 3,6 milhões de mensagens sobre o escândalo em 30 mil grupos públicos monitorados no WhatsApp, Telegram e Discord, pela plataforma QInsider. 

O estudo iniciou dois dias antes da Operação Sem Desconto, que revelou o esquema de fraudes no INSS, ser deflagrada pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (GCU). Segundo a Quaest, o assunto atingiu o fluxo de 1 milhão de mensagens por dia apenas dois dias após a operação. É estimado que cerca de 818 mil pessoas tenham sido alcançadas por dia nos grupos monitorados.

De acordo com o levantamento, em 15 dias, o volume de mensagens dobrou o número registrado sobre a internação e cirurgia mais recente do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele superou, também, o fluxo sobre a proposta de anistia a condenados pelo 8 de janeiro. O assunto também superou com folga a repercussão gerada com a crise do PIX, que ocorreu no início deste ano. A medida da Receita Federal de monitorar movimentações financeiras foi recebida negativamente pela população, principalmente após a propagação de notícias falsas alegando que o governo pretendia taxar o PIX.

Nos dois casos, o escândalo do Pix e do INSS, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL) publicou em suas redes sociais vídeos sobre o assunto. Ambos repercutiram e geraram milhões de interações. Segundo a Quaest, o vídeo sobre o INSS resultou em 108% mais menções nos grupos monitorados do que o sobre o PIX.

A Quaest também revelou que a divulgação do valor desviado no esquema instigou mensagens de tom acusatório contra o governo do presidente Lula (PT). Segundo a pesquisa, 50% das mensagens criticavam a gestão, 47% se mantinham neutras e 3% defendiam. 

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