Fuja da crise: confira seis dicas para não se endividar
Estabelecer metas pessoais é o primeiro passo da reeducação financeira

Muitos brasileiros se encontram endividados tentando limpar o próprio nome. Conforme a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) de 2005, educação financeira é um processo no qual os indivíduos e a sociedade compreendem e se tornam conscientes a respeito de conceitos e oportunidades econômicas e financeiras. A economista e professora Laura Elaine acrescenta que “é um comportamento no qual as pessoas gerem e controlam seus ganhos, gastos e investimentos”.
O primeiro passo para se educar financeiramente é estabelecer metas pessoais de longo, médio e curto prazo, com objetivos bem definidos. “Também é necessário responder questões como: Por que eu preciso de dinheiro? O que eu preciso fazer para obter esta quantia? Eu realmente necessito disto ou é um desejo? Até porque, os desejos podem esperar e, à medida que o tempo passa, eles se modificam ou desaparecem. Isso não ocorre com as necessidades, elas precisam ser supridas, ao contrário dos desejos”, explica.
Para ajudar nos próximos passos, a economista listou seis dicas para não se endividar. Confira:
1- Devemos evitar “comprar” dinheiro. O custo dele é muito alto e, em função do efeito snowball (bola de neve), se torna impossível pagar tal custo. Comprar dinheiro é quando, por exemplo, eu peço R$ 10 emprestado e pago R$ 15. Logo, R$ 5 é o preço que estou pagando pelos R$ 10.
2- Sempre se perguntar: eu desejo este item ou preciso deste item? Se for desejo, não gaste, pois certamente o desejo irá passar ou se alterar.
3- Antes de sair de casa ou do trabalho determine o que você irá comprar e só compre o que você determinou. Pode haver promoção de carros zero a R$ 10, mas, se você, antes de sair, se determinou a comprar X, comprará somente o X, e não comprará o carro zero só porque está na promoção, por exemplo.
4- Efetue um orçamento pessoal com todas as suas necessidades. Coloque em uma planilha todos os ganhos, gastos e investimentos futuros e os acompanhe mensalmente. Devemos nos manter rigorosamente dentro deste orçamento.
5- O orçamento pessoal deve prever verbas de contingência para imprevistos e fatos supervenientes.
6- Os valores dos seus gastos e investimentos nunca devem ser superiores aos valores dos seus ganhos.