Giovani Cidreira lança álbum visual Nebulosa Baby
Obras do cantor baiano são baseadas em experiência afrofuturista

Foto: Divulgação
Apostando no afrofuturismo, o cantor Giovani Cidreira, que assina esta nova fase como GIO, lançou o disco Nebulosa Baby na última quinta-feira (22). O novo trabalho do artista baiano vem acompanhado de um álbum visual, lançado na mesma data, que constrói uma narrativa a partir das músicas do disco. O álbum musical, que conta com 13 faixas inéditas e é lançado pelo selo Risco, já está disponível nas plataformas digitais.
Concebido pelo próprio cantor, o projeto dará vida ao primeiro álbum visual da carreira dele e traz algumas faixas dos três últimos trabalhos, Mix$take (2019), Estreite e MANO*MAGO (2020), que aparecem com outros nomes, letras e arranjos, representando ideias que foram lançadas naquele momento e retornam agora de uma maneira mais consistente. Nebulosa Baby marca o retorno de GIO à ancestralidade por vias afrofuturistas.
O disco traduz o experimentalismo de uma sonoridade eletrônica minimalista, ligada à música orgânica e à tradicional canção brasileira. Os trabalhos aglutinam pessoas, saberes e contam com participações diversas e com o protagonismo feminino de intérpretes como: Ava Rocha, Alice Caymmi, Jadsa, Josyara, Luiza Lian, Luê, Obirin Trio, Jup do Bairro e ainda Dinho (Boogarins) e Vandal, que se conectam também com a trajetória artística do cantor dentro e fora do universo de Salvador.
Álbum Visual
O álbum visual construirá uma narrativa a partir das músicas do disco, no qual GIO assina a direção em parceria com Edvaldo Raw, e é personagem criador de pontes entre a ficção e a realidade. As imagens da obra se compõem em um passeio por diferentes paisagens e contextos, numa exaltação visual e sonora tanto de elementos orgânicos quanto de tecnologias. O artista valoriza na obra o movimento cultural, estético e político que se manifesta no campo do cinema, da fotografia, da moda, da arte, da música, a partir da perspectiva negra.
“É sobre não esquecer que somos pessoas iluminadas, detentoras de um poder ancestral, de um potencial que o sistema racista, que nos mata todos os dias e nos entrega sobras, descarta e nos faz esquecer, retirando o direito de existir na memória, na musicalidade e nas experiências culturais desse país”, afirma GIO.