Governo Central registra déficit de R$ 44,3 bilhões em junho

Número é acima do esperado pelo mercado

Por Da Redação
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Governo Central registra déficit de R$ 44,3 bilhões em junho

Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil

O Governo Central, composto por Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, apresentou um déficit primário de R$ 44,3 bilhões em junho de 2025, segundo dados divulgados pelo Tesouro nesta quarta-feira (30). O resultado é superior ao registrado no mesmo mês do ano anterior, quando o déficit somou R$ 38,7 bilhões, e também acima da estimativa mediana do mercado, de R$ 39,9 bilhões, conforme a pesquisa Prisma Fiscal, do Ministério da Fazenda.

De acordo com o Tesouro, o saldo negativo decorre de uma queda real de 0,1% na receita líquida e de um aumento de 1,6% nas despesas totais, considerando o efeito da inflação no período. As receitas líquidas somaram R$ 169 bilhões e as despesas atingiram R$ 213,3 bilhões.

O maior impacto sobre o resultado veio da Previdência Social, que registrou déficit de R$ 49,4 bilhões. Já o Tesouro Nacional e o Banco Central tiveram superávit conjunto de R$ 5,1 bilhões no mês.

Apesar do resultado negativo em junho, o acumulado do ano apresentou melhora: de janeiro a junho, o déficit primário foi de R$ 11,5 bilhões, frente a R$ 67,4 bilhões no mesmo período de 2024. O desempenho é atribuído a um aumento real de 2,8% na receita líquida e a uma queda de 2,4% nas despesas primárias.

No semestre, a arrecadação administrada pela Receita Federal cresceu 4,8%, com destaque para o aumento de R$ 19,2 bilhões no Imposto de Renda e de R$ 10,4 bilhões no Imposto de Importação. A arrecadação previdenciária subiu 4,2%, impulsionada pela expansão do emprego formal e da massa salarial.

Por outro lado, os dividendos e participações recuaram 36,3%, reflexo da queda nos repasses de estatais como Petrobras e BNDES.

Em relação às despesas, houve redução de R$ 31,4 bilhões nos pagamentos de precatórios, R$ 19,2 bilhões nas despesas discricionárias e R$ 7,4 bilhões nos créditos extraordinários. Em contrapartida, os gastos com benefícios previdenciários e assistenciais aumentaram R$ 14,6 bilhões no período.

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