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Governo do Ceará decreta emergência devido tarifaço e anuncia medidas para apoiar empresas exportadoras

Medida libera recursos extraordinários e ações de apoio a empresas cearenses, especialmente do setor de siderurgia, fortemente impactadas pelas tarifas

Por Da Redação
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Governo do Ceará decreta emergência devido tarifaço e anuncia medidas para apoiar empresas exportadoras

Foto: José Leomar/SVM

O Governo do Ceará decretou situação de emergência, na quinta-feira (4), devido o tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O estado brasileiros é um dos mais impactados, o que preocupa setores da economia.

O decreto permite que o Ceará acesse recursos do orçamento que são reservados para situações de emergência. Segundo a Secretaria da Casa Civil, “ o objetivo é viabilizar a execução das medidas de apoio às empresas atingidas pelo tarifaço dos EUA, garantindo, assim, a manutenção dos empregos dos cearenses".

No dia 7 de agosto, o governo estadual já havia sancionado uma lei que autorizava o Poder Executivo a tomar uma série de medidas em apoio às empresas, entre elas:

Auxílio financeiro às empresas que exportam para os Estados Unidos;
Compra de produtos dessas empresas para atender equipamentos do Governo;
Antecipação de pagamento de créditos;
Aumento de incentivos fiscais, além da instalação do Comitê Estratégico para acompanhar a aplicação das medidas.

Como parte das medidas já em andamento, o governo lançou um edital, por meio da Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA), para a compra dos produtos agrícolas de empresas cearenses afetadas pelas tarifas. As inscrições do edital encerram nesta sexta-feira (5).

Por que a economia do Ceará é tão interligada à dos EUA?

A forte ligação da economia do Ceará com os Estados Unidos se deve principalmente às exportações de produtos da siderurgia, como ferro e aço em formas primárias. No primeiro semestre de 2025, o estado exportou mais de US$ 1,1 bilhão, sendo quase metade desse valor proveniente desse setor. 

O padrão já se repetia em 2024, quando ferro, peixes, frutas processadas, calçados e óleos vegetais estiveram entre os principais itens enviados aos americanos.

Proporcionalmente, o Ceará é o estado brasileiro que mais depende dos EUA como destino de suas exportações: em 2024, 44,9% das vendas externas cearenses foram para lá, índice bem acima do segundo colocado, o Espírito Santo, com 28,6%. 

Ainda assim, o volume total exportado pelo Ceará é menor em comparação a outros estados, ocupando apenas a 12ª posição no ranking nacional de vendas para os EUA. São Paulo lidera, com mais de US$ 13 bilhões exportados no mesmo período.

Diante das tarifas impostas pelos americanos, discute-se a necessidade de diversificar mercados. A medida, no entanto, não é imediata: abrir novos destinos demanda tempo, contatos e negociações, enquanto os efeitos das barreiras comerciais já afetam a economia no curto prazo.

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