Governo Federal lança Plano Nacional de Fertilizantes; iniciativa visa reduzir importação dos insumos
Atualmente, o Brasil importa 85% dos fertilizantes consumidos

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O Governo Federal lançou nesta sexta-feira (11) o Plano Nacional de Fertilizantes, sob intenção de potencializar o protagonismo do Brasil no mercado mundial do produto.
Participaram da cerimônia no Planalto, o presidente da República, Jair Bolsonaro, a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, o ministro da Economia, Paulo Guedes e o Secretário Especial de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Flávio Rocha.
O Plano Nacional de Fertilizantes (PNF) é utilizado como base para o planejamento do setor de fertilizantes para os próximos 28 anos (até 2050), no qual promove desenvolvimento do agronegócio nacional e reconhece a complexidade do setor, visando a indústria tradicional, os produtores rurais, as cadeias emergentes, as novas tecnologias, o uso de insumos minerais, a inovação e a sustentabilidade ambiental.
Como informou a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária), os importadores de fertilizantes, que fazem a mistura dos insumos primários para venda no Brasil, já registraram aumento na ordem de US$ 100 por tonelada.
A ministra Tereza Cristina destacou que, apesar de lançado em momento de crise, o plano não é uma reação. “Não estamos apenas reagindo a uma crise, mas tratando de um problema estrutural, de longo prazo, que me preocupa desde que entrei no ministério”, disse.
Ela ainda afirmou que o PFN é plano de Estado e não de governo. “Não estamos buscando autossuficiência, mas a capacidade de superar desafios e manter nossa maior riqueza: o agronegócio brasileiro”, declarou a ministra.
Atualmente, o Brasil importa 85% dos fertilizantes consumidos, como o nitrogênio, fósforo e potássio. “Desde 2010, o consumo de fertilizantes aumentou em 66% enquanto a produção nacional diminuiu em 30%. É uma equação que não se fecha”, disse Flávio Rocha.
O secretário também destaca que é necessário implantar uma “diplomacia dos fertilizantes”, com o objetivo de ampliar o fornecimento de fertilizantes potássicos.