Governo lança Plano Nacional de Arborização Urbana na COP30
Iniciativa do Ministério do Meio Ambiente busca ampliar cobertura vegetal nas cidades

Foto: Bruno Peres/Agência Brasil
O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) apresentou nesta quinta-feira (13), em Belém (PA), o Plano Nacional de Arborização Urbana (Planau), durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30). A proposta tem como meta ampliar a cobertura vegetal nas cidades brasileiras, que ainda está abaixo dos níveis considerados adequados.
De acordo com o secretário nacional de Meio Ambiente Urbano e Qualidade Ambiental, Adalberto Maluf, a média nacional de arborização nas áreas urbanas é de 28,2%, segundo dados do Mapbiomas 2024. O plano pretende reverter esse cenário.
“A principal meta do plano é de aumentar para 65% da população brasileira que vive em ruas que tenham no mínimo três árvores, aumentar em 360 mil hectares a área de arborização e áreas verdes das cidades”, afirma o secretário.
O projeto segue o modelo 3+30+300, criado pelo pesquisador Cecil Konijnendijk, em 2021.
“Nós seguimos muito esse princípio internacional para que todos tenham no mínimo três árvores na sua rua, que todos os bairros tenham no mínimo 30% de áreas verdes [...] e ter toda a população brasileira vivendo no máximo até 300 metros de uma área verde”, diz Maluf.
O diretor do Departamento de Meio Ambiente Urbano, Maurício Guerra, destacou o caráter participativo da formulação do plano, que recebeu 350 contribuições de encontros regionais e 45 sugestões via consulta pública online.
“A árvore não é apenas um elemento acessório da infraestrutura da cidade. É um elemento essencial que carrega o princípio da resiliência climática”, afirma Guerra.
Além de criar e ampliar áreas verdes, o Planau prevê a interligação dos espaços por meio de corredores ecológicos, conectando cidades e promovendo biodiversidade.
Segundo Maluf, a ação integra uma estratégia nacional voltada a soluções baseadas na natureza, especialmente voltadas à educação ambiental nas escolas.
“A arborização, junto com essas soluções, são imprescindíveis para a gente melhorar e reconectar as pessoas com a natureza”, destaca.
O financiamento do plano incluirá investimentos públicos a fundo perdido e o uso de recursos de emendas parlamentares.
“Fizemos um banco de projetos do Programa Estados Verde Resilientes. São mais de 300 projetos com um custo de 10 bilhões em iniciativas com soluções baseadas na natureza e a arborização, que são as duas áreas com maior número de projetos inscritos”, conclui Maluf.


