Governo talibã obriga mulheres a cobrir corpo e rosto em público
No último sábado (7), um novo decreto de lei entrou em vigor

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O governo talibã determinou no último sábado (7) que as mulheres afegãs devem cobrir os rostos, de acordo com o decreto do líder supremo do grupo, Hibatullah Akhundzada, que restringe como as mulheres se devem apresentar em público.
O decreto foi lido por um porta-voz do Ministério para a Propagação da Virtude e Prevenção do Vicio, em uma conferência de imprensa em Cabul, capital do Afeganistão. Na ocasião, ele explicou que o pai ou o parente masculino mais próximo de uma mulher será visitado e poderá ser preso ou demitido, caso ela não cubra o rosto fora de casa.
"Devem usar o chadri [outro nome para a burca] porque é tradicional e respeitoso", pode ler-se no decreto, que refere ainda: "As mulheres que não são nem demasiado jovens, nem demasiado velhas devem velar o seu rosto quando encontram um homem que não é membro da sua família", afirmou.
Após divulgação da nova regra, foi ainda mencionado que a cobertura facial ideal é a burca azul, que se tornou um símbolo global do regime talibã de 1996 a 2001. Esta decisão provocou uma reação não só de governos ocidentais como de países islâmicos, tendo por base os direitos das mulheres.
No decorrer dos últimos meses, o governo tem vindo a aumentar as restrições às mulheres, incluindo regras que limitam viagens sem um acompanhante masculino e proíbem homens e mulheres de visitar parques ao mesmo tempo.