Guedes afirma que cedeu a auxílio a R$ 400 por pressão política

De acordo com o ministro, ‘imperativo político acabou invadindo o universo econômico’

Por Da Redação
Ás

Guedes afirma que cedeu a auxílio a R$ 400 por pressão política

Foto: Reprodução/Agência Brasil

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que precisou de ceder à “pressão política” dentro do governo federal para concordar com o pagamento do Auxílio Brasil a R$ 400 até o fim de 2022.

Nesta quinta-feira (18), o ministro participou de um evento no Ministério da Economia e disse que a Pasta buscava “propostas de aperfeiçoamento do Bolsa Família”, programa que foi substituído pelo Auxílio Brasil, sem alteração nas regras fiscais da União, mas destacou que esse plano perdeu “espaço político" para "o conceito de renda básica”.

“A Economia defendeu um Bolsa Família de R$ 300, dentro do teto. Estava tudo pronto para arremeter com o Orçamento, quando chegaram os precatórios, que causaram a primeira turbulência, e depois a pressão política por um conceito de renda básica, de que nenhuma família pode receber menos do que R$ 400. Esse foi o imperativo político que acabou invadindo o universo econômico”, comentou Guedes.

O ministro ainda afirmou que, por mais que parecesse “oportunístico politicamente”, o conceito de renda básica não deveria ser ignorado neste momento.

“Nós temos que manter a serenidade. São 210 milhões de brasileiros que dependem da nossa serenidade, da nossa maturidade, do nosso conhecimento. Não há espaço para voluntarismo, para imaturidade, para falta de reflexão.”

Sobre os precatórios,o ministro disse que a PEC (proposta de emenda à Constituição) que caminha no Congresso Nacional para alterar a forma de pagamento desses passivos não representa um calote nas contas públicas.

“O arcabouço fiscal financeiro não está sendo derrubado. Nós não estamos furando o teto. Nós estamos lutando para colocar os precatórios como a quarta despesa controlável embaixo do teto. A luta é exatamente o contrário. A luta é como controlar os incontroláveis gastos públicos”, explicou.

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