Homem é o primeiro a morrer por eutanásia mesmo sem doença terminal na Colômbia
Caso é o primeiro no país, Victor Escobar sofria com sequelas de um acidente automobilístico

Foto: Twitter/Luis Giraldo
Um homem de 60 anos, chamado de Victor Escobar Prado foi a primeira pessoa a morrer por eutanásia mesmo sem sofrer por doença terminal, na Colômbia. O caso aconteceu nesta sexta-feira (07).
Victor sofria com sequelas de um acidente automobilístico como problemas cardíacos, doença pulmonar obstrutiva crônica, diabetes, hipertensão e um lado do corpo paralisado, além de dois AVCs e lutou na Justiça por dois anos para conseguir a aprovação do pedido. O procedimento aconteceu em um clínica em Cali.
Por meio de uma publicação no Twitter, o advogado de Victor, Luis Giraldo Montenegro, confirmou a morte. "Victor Escobar pediu para doar seus órgãos. Ele morreu às 21h20 de sexta-feira, 7 de janeiro de 2022, como era seu desejo. Victor conseguiu. Ele descansou da dor", publicou.
Victor acaba de lograrlo... Acaba de descansar del dolor. Dios tendrá misericordia de el.. eres un guerrero pic.twitter.com/T5zHykxzvu
— Luis Giraldo Montenegro (@LuisCGiraldo) January 8, 2022
Além disso, em um vídeo publicado, Escobar se despede e agradece a todos pela ajuda na luta.
"Obrigado a todos os colombianos que de uma forma ou de outra nos deram apoio, essa confiança para continuar com nossa luta. Bênçãos e abraços a todos. E eu não digo adeus, mas até logo. A vida não se compra, aos poucos vai chegando a vez de cada um de nós. Pouco a pouco nos encontraremos onde Deus nos colocou. Abraços e bênçãos a todos (...) eu os estimo e amo de toda a minha alma”, despediu.
En compañía de su abogado y esposa, Víctor Escobar agradeció a aquellas personas que lo apoyaron para lograr su voluntad, la eutanasia. pic.twitter.com/dw0mfYuqt9
— Duvan Alvarez (@duvan_ad) January 7, 2022
Victor Escobar passou as últimas horas de vida ao lado da família, a esposa, Diana, e os quatro filhos, além do advogado Montenegro, com quem compartilhou o último almoço. Além disso, ele solicitou que a imprensa não fosse ao local e esperasse que a morte fosse notificada pelo advogado.