Hospitais de Salvador devem ser desmobilizados após queda expressiva na taxa de ocupação por covid-19, diz Léo Prates
33 pacientes com outras doenças aguardam internamento em UTI no Hospital Municipal

Foto: Gilberto Junior - Farol da Bahia
Em entrevista a uma rádio de Salvador, o secretário de Saúde da capital baiana, Léo Prates, informou que ao menos 50 leitos de UTI instalados nos hospitais Ernesto Simões, Municipal e do Subúrbio destinados a pacientes covid-19, devem ser desmobilizados para atender a pacientes com outras doenças. A medida está em análise pelas secretarias estadual e municipal de Saúde, que discutirão nesta quinta-feira (3) como o procedimento será realizado.
Segundo o titular da pasta, a desmobilização deve ocorrer por causa da queda da taxa de ocupação dos leitos de UTI e por causa da demanda de pacientes com outras doenças. Nesta quarta-feira, 33 pacientes com outras doenças aguardam internamento em UTI no Hospital Municipal.
"A nossa pressão está maior por outras doenças do que por covid, a exemplo de coronariana, AVC, obesidade mórbida e cirurgias de joelho. Temos uma folga limitada e vamos definir com a Sesab como este redesenho será feito", disse.
Léo Prates falou também a respeito da queda do número de mortes por coronavírus em Salvador.
"Houve uma queda expressiva e a média hoje é de sete óbitos por dia. Ainda é um volume grande, mas já chegamos a 30 mortes por covid-19 diariamente". Apesar dos números, o secretário ressaltou que ainda é momento de cautela.
"Não podemos dizer que o coronavírus foi embora da nossa cidade. Isso só acontecerá quando tivermos uma vacina ou imunidade de rebanho. A Fiocruz fará um inquérito epidemiológico para verificar a situação da doença em nossa cidade e, inclusive, identificar possíveis casos de reinfecção", informou.


