O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) admitiu, nesta quinta-feira (25), que a metodologia utilizada no levantamento sobre a mortalidade do Brasil em 2020, não conseguiu registrar todos as mortes no primeiro ano da pandemia da Covid-19. 

Com essa falha, também fica comprometido o dado anunciado no início do dia de que a expectativa de vida do brasileiro subiu para 76,8 anos. A divulgação é baseada no tempo de vida projetado para cada pessoa nascida em 2020.

De acordo com o IBGE, as tábuas de mortalidade publicadas anualmente, desde 1991, são feitas por meio de projeções que usam "dados censitários, informações disponíveis sobre os registros de óbito e o conhecimento acerca da transição demográfica e epidemiológica da população brasileira".

"Dessa forma, caso o Brasil não tivesse vivenciado uma crise de mortalidade no ano de 2020", prossegue o IBGE, "a expectativa de vida ao nascer seria de 76,8 anos para o total da população, um acréscimo de 2 meses e 26 dias em relação ao valor estimado para o ano de 2019 (76,6 anos)."