Brasil
O Sudeste foi a região que registrou as maiores perdas percentuais e em dinheiro
FOTO: Reprodução
Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados nessa terça-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostraram que o poder de compra das pessoas que estão empregadas é cada vez menor. Os números relativos ao terceiro trimestre foram comparados com o segundo, de abril a junho, e apontou que o rendimento real (R$ 2.459) caiu 4,0%.
Se for levado em conta o terceiro trimestre de 2020, a diferença é de 11,1%. “Há um crescimento em ocupações com menores rendimentos e também perda do poder de compra devido ao avanço da inflação”, explicou a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy.
No setor privado, por exemplo, quem tinha carteira assinada ganhou 6,5% menos em relação a 2020. Já os trabalhadores por conta própria foram os que mais perderam. Quem contava com o registro de empresa (CNPJ) passaram a ganhar 2,4% menos, enquanto os que não tinham, 7,9%.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro deste ano registrou que, no período de doze meses, a inflação já alcançava 10,25%.
Ao ser comparado por regiões, o Sudeste registra as maiores perdas percentuais e em dinheiro no salário, sendo 13,2% e R$ 426, na respectiva ordem. Na outra ponta, o Norte aponta as menores quedas: 4,3% e R$ 87 a menos.
Outro grupo que sentiu as maiores reduções nos salários foram os da indústria, com 14,7% menos poder de compra, ou R$ 428. No segmento de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, a queda foi de 12,3%, ou menos R$ 271.
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