TCU julga gastos milionários do cartão corporativo de Jair Bolsonaro

Sessão secreta está marcada para esta quarta (1°)

[TCU julga gastos milionários do cartão corporativo de Jair Bolsonaro ]

FOTO: Alan Santos/PR

O plenário do Tribunal de Contas da União (TCU) vai julgar, em sessão secreta nesta quarta-feira (1°), os gastos milionários do cartão corporativo do presidente da República, Bolsonaro Bolsonaro (sem partido), e da família dele. O julgamento será baseado em uma auditoria feita pela equipe técnica do TCU, que analisou os gastos, ao longo de 2019, de mais de R$ 14,8 milhões.  

O relator do processo é o ministro Raimundo Carreiro, indicado pelo presidente da República para assumir a embaixada do Brasil em Portugal. Em novembro, Carreiro foi alvo de um pedido de suspeição da relatoria do caso feito pelo deputado Elias Vaz (PSB-GO), integrante da Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados. Elias Vaz é quem assina o pedido de fiscalização dos gastos do presidente.

No pedido de suspeição, o deputado questiona a imparcialidade de Carreiro para analisar os gastos do presidente, já que o ministro foi convidado, pelo próprio Bolsonaro, para assumir a embaixada do Brasil em Portugal. Na ação, o parlamentar avalia "que a população tem o direito de saber" com que o presidente tem gasto, em média, R$ 1,5 milhões por mês com cartão corporativo.

Solicitação 

Relator do pedido de suspeição de Carreiro na apuração dos cartões corporativos, Bruno Dantas ainda não decidiu se aceita ou rejeita a solicitação protocolada pelo deputado Elias Vaz. “A arguição de impedimento/suspeição solicitada pelo deputado Eliaz Vaz, está sendo tratada no TC 043.888/2021-6, autuado dia 25/11, ainda sem deliberação”, diz, em nota, o TCU. A assessoria da corte ainda justificou o caráter sigiloso da sessão alegando que a "natureza sigilosa das despesas analisadas na auditoria impõe o caráter igualmente reservado aos autos". 
 


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