Igreja escondeu judeus dos nazistas em Roma, aponta documentos
Instituições católicas na cidade abrigaram ao menos 3.200 pessoas

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Um comunicado assinado pelo Pontifício Instituto Bíblico em Roma, pela Comunidade Judaica e pelo Yad Vashem, memorial oficial de Israel para lembrar as vítimas judaicas do Holocausto, indica que instituições católicasna cidade abrigaram ao menos 3.200 judias e judeus que fugiam do nazismo.
Pesquisadores das três instituições compartilham essas descobertas em uma conferência realizada na quinta-feira (7) no Museu da Shoá, próximo à Grande Sinagoga de Roma. A documentação inclui nomes de pelo menos 3.200 pessoas de origem judaica que encontraram refúgio em 100 congregações de mulheres e 55 de homens.
Embora o historiador italiano Renzo de Felice já tenha publicado uma lista de instituições católicas que acolheram judeus em 1961, a documentação completa foi considerada perdida. Durante a ocupação nazista de nove meses em Roma, de 1943 a 1944, aproximadamente 2.000 judeus, de um total de 10.000 a 15.000 que viviam na cidade, foram deportados e mortos, resultando na perda de cerca de 8.000 vidas judaicas italianas no Holocausto.