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Importação de revólveres e pistolas no governo Bolsonaro é maior do que nas últimas três gestões anteriores

Mais de 170 mil armas do tipo chegaram ao Brasil em mais de dois anos, segundo o Ministério da Economia

Por Da Redação
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Importação de revólveres e pistolas no governo Bolsonaro é maior do que nas últimas três gestões anteriores

Foto: Reprodução/Metrópoles

Desde a posse do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a importação de revólveres e pistolas bateu recordes. De acordo com dados do Ministério da Economia, em dois anos e um mês, mais de 170 mil armas do tipo entraram no Brasil. Em 2020, no total, foram 105,9 mil, uma alta de 94% em relação ao ano anterior, quando 54,6 mil armas foram compradas de outros países. Nos primeiros dias de 2021, já foram contabilizadas mais 9,7 mil entradas.

Somados, os números são mais do que as importadas durante os governos Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB) juntos, que chegaram a 103,8 mil. O montante inclui tanto compras de pessoas físicas como jurídicas. No último ano, o comércio ficou em US$ 29,3 milhões, o equivalente a mais de R$ 157,8 milhões, com a cotação do dólar desta sexta-feira (5).

Para efeito de comparação, Em 2019, o número foi de em US$ 21,2 milhões. A Áustria foi a principal fornecedora de armas para o Brasil. A segunda posição ficou com os Estados Unidos. “Isso não vem de hoje. Sempre existiu um forte lobby do setor armamentista dentro do Congresso. Agora, existe também uma influência política, neoliberal, dentro do Poder Executivo, de modo a viabilizar a aprovação e facilitação, por meio de leis, decretos, normas e resoluções, para que a população se arme mais”, afirma Welliton Maciel, professor da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília (UnB) e especialista em segurança pública.

A conclusão é similar à apresentada pelo Atlas da Violência 2020, publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), ligado ao Ministério da Economia. “Mesmo com todas as evidências científicas a favor do controle responsável das armas de fogo e pelo aperfeiçoamento do Estatuto do Desarmamento, a legislação instituída desde 2019 vai exatamente no sentido contrário”, diz trecho do documento.

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