Indústria eletroeletrônica fecha 2020 com 9 mil trabalhadores a mais que no ano passado

De acordo com os dados da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica, a  indústria eletroeletrônica fechou o ano de 2020 com 9 mil trabalhadores a mais que em 2019. No total, 243 mil pessoas foram empregadas no setor este ano. Em 2019, eram 234 mil. O aumento foi de 4% no nível de emprego.

Ainda segundo a associação, o faturamento da indústria eletroeletrônica deve encerrar o ano em R$ 173,4 bilhões, crescimento nominal de 13% na comparação com 2019, quando se registrou R$ 153 bilhões. Entre os destaques nas vendas estão computadores com custo superior a R$ 3 mil e telefones celulares mais caros, acima de R$ 2 mil. Apesar dos números positivos registrados, a inflação do setor, medida pelo Índice de Preços ao Produtor (IPP) fechou o ano em 12%. O crescimento real, portanto, foi de apenas 1%.

A produção industrial de bens eletroeletrônicos apresentou queda de 2% em 2020 em relação ao ano passado. Já a utilização da capacidade instalada caiu de 78% para 75% este ano. As exportações também ficaram abaixo de 2019, com queda de 21%, passando de US$ 5,6 bilhões para US$ 4,4 bilhões.As importações caíram 10%, de US$ 32 bilhões, em 2019, para US$ 28,9 bilhões este ano.

De acordo com o presidente executivo da Abinee, Humberto Barbato, até maio todos os indicadores apontavam para um cenário drástico em 2020, em razão da pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus,  mas o dinamismo e a resiliência do setor reverteram a curva descendente dos indicadores. "As empresas conseguiram fazer uma leitura rápida do atual cenário, adequando processos e linhas de produção para a nova realidade", afirmou.

2021

A mais recente sondagem realizada com os associados da Abinee indicou que 75% das empresas projetam crescimento nas vendas/encomendas no próximo ano; 22%, estabilidade e apenas 3%, queda. Considerando a projeção de crescimento do PIB de 3,5% e inflação em torno de 3,3% ao ano em 2021, o setor eletroeletrônico espera um crescimento nominal de 12% e real (descontada a inflação) de 7% no faturamento, que deve alcançar R$ 194 bilhões.