Inep diz à Justiça que há condições de realizar o Enem em janeiro
Defensoria Pública da União pediu o adiamento por considerar que não há segurança para aplicar provas

Foto: Divulgação/Inep
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que organiza o Enem, defendeu na sexta-feira (8) na Justiça Federal de São Paulo a manutenção das datas da prova impressa para os dias 17 e 24 de janeiro. De acordo com a autarquia, a realização "na data marcada é perfeitamente possível e segura para todos os envolvidos, não havendo riscos de ordem sanitária".
Na sexta-feira (8), a Defensoria Pública da União acionou a Justiça Federal para pedir o adiamento da aplicação do exame sob o argumento de que não há forma segura de para realizar o exame em meio ao aumento de casos da doença.
Por meio de advogados da União, o Inep rebateu os argumentos da defensoria, declarando que o exame já foi adiado por conta da pandemia da Covid-19 e, neste período, foram adotadas "todas as medidas sanitárias para que o mesmo seja realizado com segurança". Os advogados da União também apresentaram argumentos que apontam as consequências do adiamento da prova.
"Reorganizar um calendário a nível de Enem é fragilizar e colocar em risco políticas públicas dele decorrentes como sistema de cotas, financiamento estudantil, instrumentos que por sua vez são as chaves para minorar as desigualdades sociais tão alarmantes hoje no nosso país. Tirar a chance do estudante de prestar este Exame é acentuar, ainda mais, qualquer discrepância social, econômica, é colocar em um local ainda mais distante as perspectivas de ascensão e crescimento dessa juventude", afirmam.