Inflação alta e endividamento reduz impulso para compras no Dia das Mães
Mesmo diante do cenário econômico, comércio espera movimentar R$ 14,4 bilhões em todo o Brasil

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
O Dia das Mães, que será celebrado no próximo domingo, dia 8 de maio, é uma data em que os filhos se organizam para presentear as mães com pelo menos uma lembrança. No entanto, mesmo diante do cenário de inflação em alta, endividamento recorde e escalada de juros e do crédito, a expectativa do comércio é grande porque no mesmo período de 2021, o Brasil vivia um dos períodos do pico da Covid-19. O segmento espera que seja movimentado R$ 14,4 bilhões.
De acordo com o economista da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Fábio Bentes, à Jovem Pan, assim como o Natal, o Dia das Mães tem um apelo muito forte e os filhos devem comprar, nem que seja apenas uma lembrança.
No entanto, um complicador deste ano é o valor dos presentes, que estão 10% mais caros, por causa da inflação. “Aquele reajuste de preços que o varejista se depara quando vai encomendar uma mercadoria do atacadista, por exemplo, quando ele vai importar uma mercadoria, na média os preços do comércio estão subindo cerca de 20% nos últimos 12 meses. E o varejo está repassando apenas parte dessa alta para o consumidor. Ainda assim, repassando apenas parte dessa alta, estamos com uma inflação para as famílias, para os consumidores, uma inflação de dois dígitos”, explica Bentes.