Inflação em países da América Latina deve atingir meta apenas em 2024, indica estudo
Dados foram coletados por meio de relatório da XP Investimentos

Foto: EBC
A inflação nos principais países da América Latina é perto do pico e deve começar um processo lento de desaceleração a partir do último trimestre de 2022, porém, só vai convergir às metas perseguidas pelos bancos centrais da região no ano de 2024. A avaliação se refere a relatório da XP Investimentos, conseguido com exclusividade pelo Estadão/Broadcast.
Entre este e o próximo ano, a corretora calcula arrefecimento da inflação no Brasil (5,6% para 5,2%), México (8,3% para 5,3%), Colômbia (12,0% para 6,5%) e Chile (12,5% para 5,6%). O processo deve ser puxado para uma melhora das cadeias de suprimentos globais, correção dos preços de commodities e também pelo aperto monetário nas economias desenvolvidas.
Segundo cálculos da XP, os custos de fretes marítimos tiveram queda de aproximadamente 75% desde o começo de 2022, o que indica melhoria nas cadeias globais de suprimentos. As correções do preços de commodities também acarretaram na desinflação.
Na passagem de 2022 para 2023, a XP aguarda uma desaceleração do Produto Interno Bruto (PIB) de Brasil (2,8% para 1%), México (2,2% para 1,5%) e Colômbia (8% para 1,6%), além de uma recessão pequena no Chile (2,1% para -0,5%).
Juros
De acordo com avaliação da XP, o aperto monetário já chegou ao fim no Brasil, com a taxa Selic em 13,75%, e no Chile, depois do aumento de 0,5 ponto percentual dos juros anunciado na última quinta-feira, a 11,25%.