Inflação nos EUA avança em maio para 8,6% em 12 meses; maior valor desde 1981
Levantamento foi realizado pelo Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês), medida básica de inflação do governo

Foto: Reprodução/Pixabay
Em razão dos preços recordes dos combustíveis, a inflação nos Estados Unidos chegou a 8,6% no acumulado dos 12 meses encerrados em maio, acima do valor de abril. É o que mostra o último Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês), medida básica de inflação do governo.
Conforme a leitura do núcleo do CPI, que elimina os preços voláteis de alimentos e energia, foi registrada uma elevação de 6% no mesmo período, superior ao nível do mês anterior. As duas leituras estão entre os maiores saltos de preços experimentados pelos consumidores desde 1981.
Após verificar um avanço de 0,3% em abril, o índice de preços ao consumidor subiu 1% no mês passado, afirmou o Departamento do Trabalho nesta sexta-feira (10).
Economistas ouvidos pela Reuters esperavam um aumento mensal de 0,7%. Com o valor acima do projetado, o Federal Reserve pode seguir registrando altas de 0,50 ponto percentual nos juros até setembro para combater a inflação.
Em junho e julho, o banco central dos Estados Unidos deve elevar sua taxa de juros em mais 0,5 ponto percentual. Desde março, o Fed colocou a taxa básica em 0,75 p.p.
Os preços da energia em geral aumentaram 34,6% em relação ao ano anterior. O resultado foi impulsionado por um avanço de quase 50% nos preços da gasolina, com uma alta de 4,5% apenas em maio. Outras formas de energia também ficaram muito mais caras, como o custo da energia elétrica, que subiu 12%.
Os preços dos alimentos também registraram alta de 10,1%, o primeiro aumento de dois dígitos desde 1981. Já o índice de moradias, que mede aluguéis e outros custos de moradia, teve avanço de 5,5%, o maior ganho em 12 meses desde 1991.